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Feliz Natal!!!

Exposição ‘Nos Braços do Violeiro’ retrata o universo da viola caipira no Museu do Folclore de São José dos Campos

O Museu do Folclore de São José dos Campos receberá, de 28 de abril a 25 de maio, a exposição temporária e itinerante “Nos Braços do Violeiro”, idealizada pelo artista visual, músico e educador Yuri Garfunkel e o art advisor e produtor João Carlos Villela, curador da mostra.

A abertura da exposição está marcada para as 15h, seguida de bate-papo com Yuri Garfunkel e roda de viola com Lula Fidalgo, Mirian Violera, Fábio Miranda e David Godoi. A entrada é gratuita.

A exposição permitirá ao público um mergulho no universo criativo da HQ (história em quadrinhos) por meio da obra “A Viola Encarnada: Moda de Viola em Quadrinhos”, um romance gráfico inspirado em mais de 80 canções do repertório caipira, com roteiro e artes de Yuri Garfunkel.

Contemplada pelo ProAC, produção de Yuri Garfunkel com curadoria de João Carlos Villela mescla Arte Contemporânea, História em Quadrinhos e Música Caipira

Considerada um dos ícones da música popular brasileira, a viola caipira é retratada na exposição multidisciplinar “Nos Braços do Violeiro” que circulará em seis cidades do Estado de São Paulo, entre os meses de fevereiro e outubro de 2024. Com curadoria de João Carlos Villela, a mostra é sobre “A Viola Encarnada: Moda de Viola em Quadrinhos”, um romance gráfico inspirado em mais de 80 canções do repertório caipira, com roteiro e artes visuais do desenhista, músico e educador Yuri Garfunkel.

O público terá a oportunidade de apreciar as páginas originais da HQ premiada pelo ProAC 2019, com introdução escrita pelo violeiro, professor e pesquisador Ivan Vilela e indicada ao prêmio HQ MIX na categoria Melhor Adaptação em 2020.

Em suas páginas, a obra conduz o leitor para uma viagem sonora afinada e cheia de história, a partir de uma viola avermelhada nas mãos de um violeiro e de um vaqueiro, numa jornada que percorre os sertões até chegar na cidade grande, testemunhando a história da música caipira desde suas origens rurais.

Yuri Garfunkel detalha que a ideia da HQ se formou ao longo de muitos anos ouvindo música caipira. De modo geral, e no gênero Moda de Viola principalmente, ele explica que as canções descrevem narrativas tão intensas que muitas músicas inspiraram filmes. “Mas até agora não conheço outra graphic novel feita a partir desse repertório. Entendi que era um trabalho que poucos poderiam pôr em prática, e mergulhei de cabeça. No final de 2017 eu já tinha clara a estrutura do roteiro, fui a uma palestra do Ivan Vilela e me apresentei a ele que se interessou imediatamente pelo projeto e começamos a trabalhar”, relembra.

Garfunkel conta que Vilela sugeriu uma que a história fosse além dos temas mais faroeste previstos inicialmente, com muito boi e bala. “Ampliamos o roteiro com a origem da viola, derivada de instrumentos mouros e vinda ao Brasil com as primeiras caravelas portuguesas, e com a construção da Viola Encarnada, protagonista da história. Para isso, busquei ajuda do Luiz Armando da luthieria Trevo, que construiu efetivamente a viola em um mês! O Ivan também sugeriu outro desfecho para a HQ, que termina na cidade grande, completando todo o trajeto percorrido pela música caipira”, comenta Garfunkel.

Interação do público

Umas das propostas da exposição ‘Nos Braços do Violeiro’, contemplada pelo Programa de Ação Cultural (ProAC) Circulação, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado, é promover a interação do público com os processos criativos do artista.

Desta forma, além do contato com os originais da obra e seus esboços originais, o visitante terá acesso à viola física que foi inspirada na viola vermelha de Tião Carreiro e encomendada ao Luiz Armando da luthieria Trevo, exclusivamente para este projeto. Estarão disponíveis também áudios das mais de 80 músicas do repertório caipira, propiciando uma imersão na HQ como um todo. O material possui recursos de acessibilidade comoaudiodescrição, textos em braile e alguns dos encontros promovidos com o público, como rodas de viola e bate-papo, terão tradução em Libras. (Confira a programação)

Por ser uma exposição multidisciplinar sobre um instrumento singular que marca a nossa história musical, um dos objetivos dos idealizadores é compartilhar o conteúdo com um público diverso, inclusive estudantes, universitários e grupos de idosos e outros interessados. “Essa é uma exposição que mescla Arte Contemporânea, História em Quadrinhos e Música Caipira, por isso a intenção em cada uma das 6 cidades por onde passaremos é dialogar, trocar e aprender com os agentes locais de cada um desses campos”, explica João Carlos Villela.

Programação

– 27 de abril a 25 de maio
– Local: Museu do Folclore, São José dos Campos

– 01 de junho a 10 de agosto
– Local: Centro Max Feffer, Pardinho

– 31 de agosto a 21 de setembro
– Local: Instituto Elpídio dos Santos, São Luís Paraitinga

– 28 de setembro a 20 de outubro
– Local: Centro Cultural Casarão, Campinas

Os idealizadores contam que a proposta de montar a exposição surgiu durante a pandemia de COVID-19. Em outubro de 2021, “Nos Braços do Violeiro” foi apresentada na A7MA Galeria, na Vila Madalena, em São Paulo, com a realização de bate-papo com o curador e convidados como Xênia França, Lucas Cirillo, Shell Osmo e Renato Shimmi e roda de viola com a participação da cantora e violeira Adriana Farias e dos violeiros Gerson Curió e Inimar dos Reis.Em junho de 2022, integrou a Mostra ‘No Braço da Viola’ no Teatro do Sesc Rio Preto. Na ocasião, Yuri Garfunkel apresentou-se ao lado de grandes nomes da viola contemporânea e ministrou oficinas de criação de HQ a partir de modas de viola.

Fonte: Assessora de imprensa