Fernando Collor foi preso nesta quinta (25). Veja quem são os ex-presidentes presos no Brasil desde a redemocratização e o que motivou as condenações
Quem são os ex-presidentes presos no Brasil?
Fernando Collor de Mello, que governou o país entre 1990 e 1992, foi preso nesta quinta-feira (25) por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, ele se torna o terceiro ex-presidente brasileiro preso após o período da redemocratização.
Antes de Collor, Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer também passaram por prisões ligadas a investigações de corrupção e outros crimes.
Por que Collor foi preso?
A prisão foi determinada após condenação do STF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena definida foi de 8 anos e 10 meses de reclusão. A Polícia Federal cumpriu o mandado em Maceió (AL), onde o ex-presidente reside.
Entenda o caso que levou à prisão
Collor foi condenado por envolvimento em um esquema que movimentou mais de R$ 30 milhões em propinas por meio da BR Distribuidora. O esquema foi revelado durante a Operação Lava Jato, uma das maiores investigações de corrupção da história do Brasil.
Outros ex-presidentes também foram presos
Luiz Inácio Lula da Silva: foi preso em abril de 2018 após condenação em segunda instância no caso do triplex do Guarujá. A pena foi posteriormente anulada pelo STF.
Michel Temer: foi preso em março de 2019 por suspeitas de corrupção em contratos envolvendo a usina de Angra 3, mas ficou pouco tempo detido.
Como essas prisões impactam a política no Brasil?
As prisões de ex-presidentes reforçam o debate sobre corrupção e impunidade no país. Também levantam questionamentos sobre a atuação do Judiciário e das instituições de controle.
O que diz a defesa de Collor?
A defesa afirmou que irá recorrer da decisão e classificou a prisão como injusta e baseada em provas frágeis. O ex-presidente nega qualquer envolvimento com o esquema.
Relembre: o impeachment de Collor
Fernando Collor foi o primeiro presidente eleito por voto direto após o regime militar. Renunciou em 1992, às vésperas de ser cassado, acusado de corrupção e improbidade administrativa.
Fonte: G1
