Produtor de azeite brasileiro eleito entre os melhores do mundo dá dicas para boa escolha no supermercado
Azeite produzido no interior de SP ficou entre os 10 melhores do mundo em ranking internacional; especialista explica como identificar um bom produto
O produtor de azeite Hélcio Nagamine, de São Bento do Sapucaí (SP), teve uma de suas criações reconhecida como uma das dez melhores do mundo em um concurso internacional. A competição foi a Olio Nuovo Days, realizada em Paris, e teve azeites de 27 países.
A variedade premiada foi a ‘Grappolo D’Oro’, que é produzida na fazenda da família Nagamine. O reconhecimento o coloca entre os mais respeitados do setor.
“É um trabalho que começou lá atrás, em 2014, quando fizemos as primeiras plantações. Hoje, temos esse reconhecimento internacional, que mostra que o Brasil pode, sim, competir com os grandes produtores europeus”, disse ele.
Dicas para escolher o azeite no supermercado
Além de produtor, Hélcio dá dicas para os consumidores que querem aprender a escolher um bom azeite no supermercado:
- Verifique a data de fabricação: quanto mais novo, melhor
- Desconfie de preços muito baixos: produtos de qualidade costumam ter preços compatíveis com a produção
- Observe a acidez: azeites extravirgens devem ter acidez menor que 0,8%
- Evite embalagens transparentes: a luz pode alterar as propriedades do azeite
Outro ponto importante é o tipo de azeitona utilizada. Segundo Hélcio, algumas variedades têm sabores mais marcantes e outras mais suaves, o que influencia no sabor final.
“A escolha vai depender do paladar de cada um, mas é importante experimentar e conhecer a procedência do azeite”, recomenda.
Mercado de azeite no Brasil
O consumo de azeite no Brasil cresceu 17% nos últimos cinco anos. Apesar disso, cerca de 99% dos azeites comercializados no país são importados, principalmente de Portugal e da Espanha.
Segundo o Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), o Brasil tem cerca de 500 produtores de azeite, mas a produção ainda é considerada pequena frente ao consumo nacional.
“Nosso desafio é aumentar a área plantada e ensinar o consumidor a valorizar o azeite brasileiro”, conclui Hélcio.
Fonte: G1