Segundo dados do IBGE, 55% das mulheres abriram seus negócios por necessidade e 40%, por oportunidade
Conforme dados do Sebrae, metade das unidades franqueadas brasileiras são geridas por mulheres. As empreendedoras são bastante elogiadas pelas franqueadoras, as redes que concedem a elas o direito de uso de suas marcas: para a maioria das bandeiras associadas à ABF – Associação Brasileira de Franchising, as franquias comandadas por mulheres têm desempenho superior àquelas geridas por homens e não há segmentos em que elas não possam atuar com desenvoltura. “As mulheres têm a habilidade de gerir pessoas e, sendo o franchising um sistema de gestão de pessoas, ele foi feito sob medida para elas. Captar colaboradores, treiná-los e lidar com eles no dia a dia é natural para elas, que conseguem manter equipes mais harmônicas e produtivas”, explica Thais Kurita, advogada especializada em Franchising e Varejo, que há 20 anos atua com as maiores franqueadoras brasileiras.ados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontaram que 55% das mulheres empreenderam por necessidade, enquanto 40% o fizeram pela oportunidade apresentada. Para Priscilia Queiroz (foto), CEO da RMQD – Rede Mulheres Que Decidem, uma escola de negócios que capacita mulheres para empreenderem, especialmente na área de vendas, as mulheres empreendem mais à medida que o mercado de trabalho oferece menos oportunidades igualitárias e, justamente por isso, é fundamental que elas se capacitem. “Em negócios independentes ou franquias, as empreendedoras precisam de treinamentos constantes para desenvolver habilidades de vendas, gestão financeira, gestão de pessoas, marketing e todas as áreas que potencializem seus negócios. Sem esse desenvolvimento, é praticamente impossível que o negócio gere a renda necessária para que elas vivam dignamente do empreendimento”, alerta.
No franchising, o benefício de não começar sozinha atrai quem busca mais segurança. Isso porque existe a transferência de know-how, uma obrigatoriedade exigida pela lei 13.966/19, que rege o sistema de franquias no Brasil. “O primeiro artigo da lei deixa muito claro que o franqueador deve transferir know-how ao franqueado, ou seja, ensiná-lo a trabalhar, passar a ele o conhecimento para operar o negócio. Então, o franqueado já inicia seu empreendimento com uma importante vantagem sobre quem começa de forma independente”, diz Thais Kurita (foto).
Foi justamente por isso que Márcia Gomes Di Giano (foto) optou, há sete anos, pela franquia da Mineiro Delivery, uma rede que oferece comida caseira na caixinha. Márcia era comissária de bordo e, ao decidir ser mãe, preferiu empreender e gerenciar seu tempo na educação do filho. “Com tantos voos internacionais e rotina atribulada, eu mal veria meu filho crescer. A maternidade foi uma opção planejada e muito desejada e a franquia veio para também manter meu desejo de ser uma profissional realizada, porque a mulher desempenha diversos papeis na sociedade e é possível realizar todos eles”, comenta.
A franquia de Márcia é uma das mais elogiadas pela franqueadora e ela faz questão de estar presente na operação, zelando pela qualidade do produto e do atendimento. “Eu não sabia nada sobre alimentação antes de comprar a franquia, muito menos sobre varejo. Aprendi tudo com a franqueadora e com o dia a dia e, hoje, minha loja tem a qualidade e o atendimento dos quais me orgulho. Mesmo que eu me ausente, os clientes receberão seus boxes exatamente como devem ser, sem erros e com muito sabor”, orgulha-se.
O mesmo orgulho de Márcia reflete-se em Patrícia Lira (foto), que está ‘do outro lado do balcão’: ela é franqueadora da marca Norah Acessórios. Nascidas em Pernambuco, Patrícia e sua marca têm muito em comum: força, resiliência e muito brilho.
Explicando melhor, Patrícia Lira começou no ramo da moda como sacoleira, em 2013. Com o sucesso das vendas de roupa porta a porta, ela abriu sua primeira loja, um ano depois. Mas atuava apenas com roupas e calçados até 2018, quando fez uma viagem a São Paulo e, para diversificar os negócios, implantou bijuterias e acessórios às lojas – nessa época, a Norah já tinha quatro lojas. As vendas aumentaram tanto que, no mesmo ano, ela abriu a primeira loja exclusiva de bijuterias. Veio a pandemia e as lojas de roupas de Patrícia praticamente faliram – e a resiliência, nesse caso, uniu-se à força da empreendedora, que a fez transformar todo o negócio em lojas de bijuterias. “Foi aí que meu negócio virou um sucesso! A Norah Acessórios não apenas nos sustentou durante a pandemia como também se tornou a queridinha das consumidoras e dos shoppings!”, comenta.
A ideia de Patrícia sempre foi clara: levar aos shoppings uma opção acessível de bijuterias e acessórios às clientes, com produtos de muita qualidade e design diferenciado. “Queremos que as mulheres tenham acesso a bons produtos, mas que eles não custem uma fortuna”, diz ela.
O passo seguinte foi conquistar outros mercados. A primeira loja fora de Pernambuco foi inaugurada em Santo André (SP), a segunda na capital paulista (Shopping Ibirapuera) e agora, no mês da mulher, a terceira será inaugurada no shopping Center Norte, também em São Paulo, um dos maiores shoppings do Brasil. “E essa loja iniciará nossa entrada no franchising, porque nossa expansão está oficialmente aberta”, comemora Patrícia, que pretende ter 50 lojas nos próximos dois anos.
Por fim, no segmento fitness, Eliane Elis Griebeler, de 30 anos, é franqueada de uma loja Dr. Shape em Santa Rosa (RS). Sua loja completará sete anos em maio. Formada em Administração de Empresas, ela conta que a vontade de empreender sempre existiu. No modelo de franquias, viu a oportunidade de investir em um negócio que tivesse mais chances de dar certo: o de suplementos alimentares e artigos esportivos.
“Eu e meu sócio fizemos pesquisas para decidir em qual ramo investir e optamos pela Dr. Shape porque acreditamos que é um mercado que está sempre em expansão no Brasil, porque as pessoas tendem a buscar cada vez mais pela melhora na qualidade de vida”, afirma Eliane.
Antes de se tornar franqueada, ela trabalhava no setor administrativo de uma outra empresa. No último ano da faculdade, adquiriu a Dr. Shape. Hoje, então, é ela quem fica responsável pela parte comercial da loja e faz os pedidos, além de atuar diariamente ao lado da equipe no atendimento ao público.
Quando inaugurou a loja, com apenas 23 anos, Eliane sentia algumas inseguranças, até porque empreender é um ato bastante corajoso. Mas o tempo, a vivência de mercado e o suporte da franqueadora trouxeram a bagagem que ela precisava para estabelecer o nome da Dr. Shape não apenas na cidade, mas em toda a região. “O atendimento personalizado foi fundamental para que a loja conquistasse um público fiel, que faz compras recorrentes conosco. Somos especialistas no que fazemos e temos orgulho em atender nossos clientes em todas as suas necessidades”, revela.
Ela lembra que, passada a fase mais crítica da pandemia, os números de vendas e lucro vêm crescendo numa constante. A loja se destaca ainda por vender, além da suplementação, os produtos a granel. “Na loja, meu público é formado principalmente por mulheres e eu acho que nós mulheres podemos conquistar o mundo e já estamos conquistando. Já não temos tantas dificuldades como era antigamente e nós podemos dominar totalmente o mundo dos negócios, principalmente no ramo da suplementação, da alimentação saudável e da qualidade de vida. Os homens estão se cuidando mais, mas o público feminino é meu maior alvo e, para mim, isso dá super certo. Quero atendê-las cada vez mais e melhor!”, finaliza.
Fonte: Imprensa Uapê Comunicação Simone Valente