Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, admitiu em publicação em rede social que partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a orientação de reter a distribuição de dividendos extraordinários da estatal.
“É legítimo que o CA [conselho de administração] se posicione orientado pelo presidente da República e pelos seus auxiliares diretos que são os ministros. Foi exatamente o que ocorreu em relação à decisão sobre os dividendos extraordinários”, escreveu Prates no X.
O acionista pode orientar seus conselheiros, mas não pode vincular seu voto e deve agir sempre no melhor interesse da companhia. Depois da decisão de reter os dividendos, o valor de mercado da empresa caiu.
Conforme o artigo 115 da Lei das SA, “o acionista deve exercer o direito a voto no interesse da companhia; considerar-se-á abusivo o voto exercido com o fim de causar dano à companhia ou a outros acionistas”.
Procurada, a Petrobras não se manifestou.
Fonte: CNN