Dia Mundial da Poliomielite 2023 destaca importância da vacinação
O Dia Mundial da Poliomielite é celebrado em 24 de outubro, e sua edição de 2023 reforça o alerta sobre a indispensável vacinação contra poliomielite. Mesmo com o Brasil estando livre da doença desde 1994, a ameaça da poliomielite ainda existe, principalmente devido à queda nas taxas de cobertura vacinal. Por isso, a mobilização ao redor da data reforça a relevância de manter os esquemas de vacinação atualizados.
Vacinação contra poliomielite é fundamental para evitar o retorno da doença
A vacinação contra poliomielite tem sido o principal pilar no combate à doença. No entanto, o Brasil vem apresentando índices de cobertura abaixo do recomendado pelas autoridades de saúde. Em 2022, por exemplo, a cobertura vacinal contra a poliomielite foi de apenas 77%. A meta mínima estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 95%.
Esse descompasso preocupa especialistas, pois permite a reintrodução do vírus em território nacional, principalmente com o aumento da circulação internacional. Como sabemos, a poliomielite é uma doença grave e pode deixar sequelas permanentes, como paralisia irreversível em crianças. Em casos extremos, pode até levar à morte.
Estratégias estaduais fortalecem vacinação contra poliomielite em São Paulo
No estado de São Paulo, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP) tem promovido diversas ações para incentivar a imunização infantil. Ao longo de 2023, por meio do Programa Estadual de Imunizações (PEI), desenvolveram-se campanhas com foco na recuperação das coberturas vacinais infantis, incluindo a aplicação das doses de reforço.
A vacinação está disponível em mais de 5.000 salas de vacina espalhadas por todo o estado. Essas unidades funcionam durante o horário comercial, o que facilita o acesso das famílias. Além disso, a SES-SP mantém um canal de comunicação aberto com os municípios para garantir o abastecimento de vacinas e cumprir o cronograma vacinal.
Campanhas e conscientização sobre vacinação contra poliomielite
Durante o Dia Mundial da Poliomielite, diversas iniciativas foram organizadas para aumentar a conscientização sobre a importância da vacina. Palestras, ações educativas nas escolas, distribuição de materiais informativos e mobilizações nas redes sociais fizeram parte da estratégia de engajamento.
Essas iniciativas têm um objetivo claro: sensibilizar os pais e responsáveis sobre os perigos de negligenciar a vacinação e os benefícios diretos da proteção coletiva. Para ser eficaz, a vacinação contra poliomielite precisa atingir a maior parte da população-alvo. Quando isso não acontece, todos correm risco.
O papel do PEI no combate à poliomielite
O Programa Estadual de Imunizações foi lançado em 1993. Desde então, promove a aplicação sistemática de múltiplas vacinas no estado de São Paulo. Entre elas, está a vacina contra a poliomielite, que é oferecida em duas versões: a vacina inativada (VIP) e a vacina oral (VOP).
Essa combinação garante maior eficácia na prevenção contra o poliovírus selvagem e suas variantes derivadas da vacina oral. Por isso, seguir corretamente o calendário de vacinação é essencial.
Como acessar a vacinação contra poliomielite em São Paulo
Mesmo fora das campanhas pontuais, a vacina está disponível de forma permanente. Pais e responsáveis podem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima e conferir a situação vacinal da criança com a caderneta em mãos. Muitas UBS estendem o horário de atendimento à população para facilitar o acesso.
Além disso, agentes comunitários de saúde realizam visitas a domicílio para identificar crianças com esquemas incompletos e orientar os cuidadores sobre onde e como regularizar a situação. Essa abordagem tem tido bons resultados, especialmente em áreas mais vulneráveis.
Dia Mundial da Poliomielite reforça o compromisso global
O Dia Mundial da Poliomielite foi criado como uma homenagem ao nascimento de Jonas Salk, o criador da primeira vacina eficaz contra a doença. Essa data tem sido, globalmente, uma oportunidade para as autoridades de saúde promoverem campanhas educativas e reforçarem as estratégias de vacinação.
No cenário internacional, a erradicação definitiva da poliomielite ainda não foi alcançada. O vírus continua circulando em algumas regiões, como Paquistão e Afeganistão. Por isso, os especialistas insistem que apenas níveis elevados de cobertura vacinal em todos os países garantirão proteção generalizada.
Como os pais podem contribuir com a imunização infantil
Para evitar o retorno da poliomielite ao Brasil, a participação da comunidade é indispensável. É responsabilidade dos pais garantir que todas as vacinas do calendário nacional estejam em dia. O Programa Nacional de Imunizações recomenda que as crianças recebam as vacinas nos seguintes pontos:
Além disso, é necessário levar o cartão de vacinação em todas as consultas pediátricas e verificar se há alguma dose pendente.
Vacinação contra poliomielite protege não só quem é vacinado
Um dos efeitos mais importantes da imunização é a chamada imunidade coletiva. Quando a maior parte da população está protegida, o vírus encontra menos hospedeiros para se multiplicar e acaba sendo eliminado. Essa proteção comunitária é particularmente importante para pessoas que, por alguma razão médica, não podem receber vacinas.
Mas isso só ocorre se a taxa de cobertura superar 95%, como orienta o Ministério da Saúde. Portanto, vacinações incompletas ou atrasadas quebram essa barreira e colocam todos em risco. A vacinação contra poliomielite é, assim, um ato de responsabilidade social.
Um chamado à ação: mantenha a caderneta em dia
Em meio a tantas informações e compromissos do dia a dia, muitos pais acabam esquecendo de verificar o calendário de vacinação. Para contornar essa realidade, unidades de saúde de São Paulo têm investido em novas estratégias, como envio de SMS, chamadas telefônicas e campanhas em redes sociais.
O lema é claro: vacinar para proteger. Especialmente no contexto em que doenças erradicadas voltam a circular em locais com baixa cobertura vacinal, como já ocorreu com o sarampo. O exemplo da poliomielite não pode ser negligenciado.
Conclusão: compromisso contínuo com a saúde pública
Portanto, no Dia Mundial da Poliomielite de 2023, foi dado um novo alerta às famílias, profissionais de saúde e gestores públicos: a luta contra a poliomielite ainda não acabou. Apesar dos avanços, a única forma eficaz de manter a doença longe é garantindo a vacinação contra poliomielite para todas as crianças.
Vacinar é proteger. É, também, um gesto de amor e cuidado. Mantenha a caderneta atualizada, procure orientação profissional e contribua com a erradicação definitiva da poliomielite.
