Os erros mais comuns dos viajantes, de acordo com agentes de turismo

Escolher hotel pelas fotos? Especialistas apontam erros mais frequentes dos turistas e como evitá-los

Mesas lindas de café da manhã, quartos que parecem espaçosos e confortáveis, piscinas de encher os olhos: apesar de tentadores, nem sempre os hotéis que se destacam pelas fotos nos sites de busca são as melhores opções. Consultadas pelo Terra, agentes de viagem garantem que existem fatores mais relevantes a serem levados em conta no momento de escolher uma acomodação – mas que um dos erros dos turistas é se deixar levar pelo encantamento, correndo risco de se frustrar depois.

A seguir, profissionais da área listam este e outros comportamentos que podem sabotar as viagens e explicam como eles podem ser evitados:

1. Escolher o hotel só pelas fotos

“Tenha em mente que as imagens vistas na internet nem sempre condizem com o local”, alerta Joelma Tavares, turismóloga e CEO da agência de viagens Home Office Turismo. Isso acontece porque, além do estabelecimento buscar somente os ângulos que mais valorizam o espaço, omitindo seus defeitos, eles não costumam tirar fotos de todos os quartos, só dos melhores –que normalmente são os de maior valor.

Para evitar frustrações, é importante reunir o máximo de informações, começando pela localização. Opte pelas regiões centrais ou aquelas que são mais seguras e próximas dos pontos que pretende visitar. Leia as avaliações: alguém reclamou que quarto estava sujo ou era muito barulhento? Cheque se haverá ar-condicionado ou aquecedor e se o café da manhã está incluso no preço. “E não se esqueça de confirmar sua reserva, caso contrário a acomodação pode não estar mais disponível na hora do check-in”, aponta Joelma.

2. Confiar em opções muito baratas

Sabe aquela promoção de passagem que parece imperdível? O cuidado com ela deve ser redobrado. “Pode acontecer de ser um voo longo, com muitas conexões. Ou de o intervalo entre estas conexões ser muito curto, a ponto de o viajante não conseguir chegar à plataforma de embarque a tempo de embarcar”, ressalta a turismóloga. Outra possibilidade é de haver overbooking, ou seja, a aeronave não ser capaz de comportar todos os passageiros que pagaram pela viagem. Para diminuir os riscos, é preciso atentar aos horários e fazer check-in o mais cedo possível.
Além disso, Diana Carvalho, CEO da Mundo4e Consultoria e Viagens, relembra que este ano algumas empresas que vendiam pacotes mais em conta e antes eram tidas como confiáveis acabaram frustrando clientes e provando que seus modelos de negócio eram arriscados. “Oriento a não confiar em oportunidades que parecem ser boas demais, com valores muito abaixo do mercado”, afirma.

3. Não ter uma cópia autenticada do passaporte

Ninguém deseja passar por isso, mas perdas ou roubos podem acontecer. Para diminuir estes riscos, Joelma indica o uso de uma doleira, que fica presa ao corpo e oferece mais segurança do que bolsas e carteiras tradicionais. Além disso, ela considera necessário ter uma cópia autenticada do passaporte para eventuais complicações. “Esse cuidado extra facilita e agiliza os trâmites no consulado local”, assegura.

4. Não levar dinheiro em espécie

Talvez você esteja acostumado a pagar tudo no cartão de débito, crédito ou PIX. Mas, no caso de uma viagem, é necessário levar notas na moeda local para evitar dores de cabeça. “Os problemas podem começar logo na chegada, com motoristas que se recusam a fazer o translado entre o aeroporto e o hotel sem receber em dinheiro”, alerta a turismóloga. Isso sem contar que, nas viagens internacionais, o banco cobra taxas para os pagamentos realizados no cartão de crédito, por isso as notas acabam sendo mais vantajosas.

5. Escolher o destino pelos motivos errados

“Vejo muitas pessoas embarcando em dicas de amigos e familiares, sem pesquisar com atenção os locais para onde estão indo. No final, acabam não vendo graça na viagem. Isso acontece porque elas estão fazendo roteiros baseados nos gostos e nas personalidades de outros”, explica Diana. Por isso vale a pena pesquisar restaurantes, museus, parques e eventos que sejam compatíveis com o próprio perfil.

Joelma complementa que é importante considerar a previsão do tempo, hábitos alimentares, idioma e cultura do local, para saber qual destino pode ser melhor aproveitado. “Uma agência de viagens pode ajudar nesse processo, trazendo sugestões, organizando os trajetos e ajustando as preferências de acordo com cada pessoa, família ou grupo”, conclui.

Fonte: Terra